Secretaria de Saúde do Paulista realizou, nesta quinta-feira (03), o 1º Fórum sobre Doença Falciforme no Município. O evento é uma iniciativa da Superintendência de Políticas Estratégicas da pasta e contou com o suporte das coordenações da População Negra, Criança e Adolescente, da Mulher, do Homem, da Pessoa com Deficiência e do Programa Saúde na Escola.
O objetivo do encontro objetiva chamar atenção para a doença genérica e hereditária mais predominante no Brasil e no mundo, que se caracteriza pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue (hemácias). O fórum que aconteceu no auditório da Secretaria contou com a palestras da enfermeira intensivista da Fundação Hemope, Vânia Morais, que abordou os aspectos sociais da doença.
“Uma vez diagnosticada a doença, é de grande importância a pessoa se cadastrar em serviços de referência, hemocentros e hospitais públicos para iniciar o tratamento, que deve durar por toda a vida. Ele é feito por meio de medicamentos para evitar dores e infecções, bem como possíveis transfusões sanguíneas”.
“Esse fórum é muito importante para discutirmos sobre essa doença que atinge tantas pessoas nesse país, mas que carece de informações por parte da população, sobretudo aquelas famílias de baixa renda”, afirmou a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Andréa Melo.
ANEMIA FALCIFORME
A anemia falciforme é uma doença hereditária, cujo gene alterado pode ser transmitido pelo pai ou pela mãe. Sua principal característica é a deformação dos glóbulos vermelhos do sangue.
Nas pessoas que possuem a doença, os glóbulos vermelhos perdem a forma natural, arredondada e elástica, assumindo a aparência de uma foice – origem do nome – ou meia lua. Isso dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre, além de prejudicar a circulação de oxigênio pelo corpo.
Os principais sintomas da anemia falciforme são: dores fortes nos ossos e articulações (provocada pela falta de oxigenação no sangue); palidez; icterícia, causada pela morte rápida dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, acúmulo de bilirrubina no corpo; atraso no crescimento; tendências a infecções, pelos danos que os glóbulos vermelhos causam ao baço; crises intensas de dor abdominal e lombar, além de priapismo.
Foto: Beatriz Leite