EUA PEDEM NOVA INVESTIGAÇÃO SOBRE ORIGEM DO VÍRUS QUE DISSEMINOU NO MUNDO A COVID-19

Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira (25), que especialistas internacionais avaliem a origem do novo coronavírus e os “primeiros dias do surto”, em uma nova investigação sobre a origem do vírus responsável pela Covid-19.

Agências de inteligência dos EUA estão examinando relatos, de que, pesquisadores de um laboratório de virologia chinês ficaram gravemente doentes, um mês antes de os primeiros casos de Covid-19 serem relatados em 2019, segundo fontes do governo americano. Houve uma advertência, no entanto, que ainda não há provas de que a doença se originou no laboratório.

“A fase 2 do estudo das origens da Covid-19 deve ser lançada com termos de referência transparentes, com base científica e dando aos especialistas internacionais a independência para avaliar completamente a origem do vírus e os primeiros dias do surto”, disse o secretário de Saúde dos EUA, Xavier Becerra.

A declaração foi feita em mensagem de vídeo, para a reunião ministerial anual da Organização Mundial da Saúde -OMS. Becerra não mencionou diretamente a China, onde os primeiros casos humanos conhecidos de Covid-19 surgiram, na cidade de Wuhan em dezembro de 2019.

A origem do vírus é fortemente contestada. Em um relatório divulgado em março, escrito em conjunto com cientistas chineses, uma equipe liderada pela OMS que passou quatro semanas em Wuhan em janeiro e fevereiro disse que o vírus provavelmente foi transmitido de morcegos para humanos por meio de outro animal, e que “a introdução por meio de um incidente de laboratório foi considerado um caminho extremamente improvável”.

Perguntando sobre uma nova missão de acompanhamento, o porta-voz da OMS Tarik Jasarevic disse à Reuters, na segunda-feira (24) que a agência estava revisando as recomendações do relatório em nível técnico. “As equipes técnicas prepararão uma proposta para os próximos estudos que deverão ser realizados e a apresentarão ao diretor-geral para sua consideração”, disse ele, referindo-se ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Jasarevic, lembrando observações de Tedros, em 30 de março, disse que, mais estudos seriam necessários em uma série de áreas, incluindo a detecção precoce de casos e clusters – os papéis potenciais dos mercados de animais – a transmissão através da cadeia alimentar e a hipótese de incidentes de laboratório.

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