PARAÍSO SOCIALISTA E O QUE REVELA A SÉTIMA ARTE: ESTADO DEMOCRÁTICO OU POLICIAL?

Por Angelo Lorenzo ANB

Desde o impeachment de Dilma, a esquerda tem usado até causar náusea, a expressão Estado Democrático de Direito”. Falam de “liberdade” e “Democracia”, mas quanto disso está presente no Estado Socialista, sendo vendido a incautos como o “paraíso na terra”? Será possível?

Lenin disse: “A luta revolucionária pela criação do paraíso na terra é mais importante para nós.” O que sabemos sobre o “Paraíso Socialista”? Desde Marx, eles prometem a realização imediata de tudo aquilo que os cristãos esperam na vida eterna. Podem cumprir ou é um grande engodo?

“Tenho compartilhado dicas de filmes em meu canal Telegram, que mostram as realidades do ideal marxista, posto em prática, em diferentes épocas e lugares que formam um painel de temas, ideal para fazer uma análise comparativa – sem spoilers – prometo.

No clássico filme Doutor Jivago, sob a aparência de um filme “romântico”, mostra o cruel contraste entre as “belas palavras” ditas por revolucionários e sua ação real sob uma família na nova URSS: mentiras, pobreza, intimidação. Romance ou adultério? A desesperança socialista corrói a alma.

É bom lembrar que o filme suavizou a realidade. Não apenas roubaram a madeira das cercas para se aquecerem, mas casas inteiras foram desfeitas para não morrerem de frio ou fome. 

Aos marxistas, as palavras são apenas instrumentos para enganar. Pouca verdade se encontra, o mais comum é a completa inversão das palavras. E a realidade torna-se brutal: Democracia é ditadura, liberdade é escravidão e progresso é miséria. 

Aqui e ali podemos extrair algo real, tal como Trotsky que avisou que o comunismo desemboca em guerra. Quem não entende, se ilude e poderá pagar com a vida pelo erro.

Nem estou entrando no aspecto econômico em que vemos Venezuela, Cuba e outros países. O amigo Veiga já mostrou em artigo em que a “receita” – aumentar impostos como única medida para resolver os problemas – é devastadora e fácil de compreender os motivos de seu fracasso.

“Não há escutas do Estado no meu apartamento!”

Outro filme importante foi A Vida dos Outros, que mostra a Alemanha como um Estado Policial baseado na Stasi (Polícia Secreta) somado à ampla cooptação de pessoas (simpatizantes ou sob ameaça e chantagem) – totalizando 300 mil membros. 

Nele imperam abusos e ameaças, vigilância invasiva e tortura psicológica. Não há liberdade, nem há alegria genuína. Tudo é “cinza”, como percebemos pelo visual e cores monótonas do filme. A opressão está em toda parte. As opções são o silêncio ou a prisão, tortura e morte. 

“Você sabe: não há crimes na URSS!”

O tenso Crimes Ocultos” mostra o primeiro critério deste “paraíso”: o império do MEDO. Esse ambiente é claro desde as primeiras cenas, quando a jovem esposa do oficial da GPU (futura KGB na época stalinista) revela o medo de recusar o relacionamento. 

Depois o medo dos próprios oficiais em contrariar os “fundamentos marxistas”: se Marx disse que não haveria crimes no paraíso socialista, então a realidade não pode desmenti-lo – porém, o filme (mudado o tempo histórico) retrata a vida do serial killer Andrei Chikatilo, membro do Partido.

No filme há muitas indicações: holomodor, a situação das crianças cujas famílias foram destruídas pela revolução, prisões arbitrárias, perseguição a homossexuais, ascensão na hierarquia graças a favores ilícitos, medo de ser morto mesmo sendo do sistema, etc. Em resumo, ainda que muito aquém da realidade, vemos retratados nestes filmes o verdadeiro Estado Policial que se torna um país socialista.

Tudo pelo Poder

Já em,  Tudo Pelo Poder – ficção inspirada no caso real da relação entre uma estagiária e um Senador americano – vemos o moderno marxismo: políticos do Partido Democrata lançando notícias falsas contra outros democratas, escândalo sexual, mentiras, traições, luta selvagem pelo poder.  A ética é apenas figura de linguagem no mundo marxista – pura retórica.

Ainda há mais a aprofundar

Estou coletando material sobre essa retórica marxista de que no “paraíso terrestre” poderão fazer tudo: drogas, ócio, aborto e liberdade sexual irrestrita – nada disso se tornou realidade. Pelo contrário, a experiência soviética prova o oposto.

O “socialismo científico” não é apenas mais uma utopia irrealizável, o oposto do que se fez parecer, mas o engodo de uma maligna máquina de destruição. Finalizo contrariando Trotsky que, em 1923, acreditava que, sob o socialismo, “a espécie humana, na sua generalidade, atingiria o talhe de um Aristóteles.” Não!  No socialismo, cada gênio como Aristóteles, é transformado em um escravo miserável e sem voz.

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