GOVERNO LULA ESTUDA NOVO PACOTE DE CORTE DE GASTOS: O BOLSA FAMÍLIA ESTÁ NA MIRA

Poder 360

Governo do presidente Lula da Silva (PT) estuda um novo pacote de corte de gastos. Se evoluir, será anunciado depois da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, que acontece em 1º de fevereiro

O pacote é uma sinalização ao mercado de que o governo Lula realmente pretende focar no problema fiscal. Internamente, há a percepção de que a janela de oportunidade é agora – tanto de sinalizar ao mercado quanto ao mundo político, com a reforma ministeria. Algumas das principais ideias em discussão são: pente fino em programas sociais – sobretudo no Bolsa Família.

A ideia é ampliar o movimento iniciado em janeiro; benefícios de militares – teria valor mais simbólico que efeito prático; Previdência – uma nova minirreforma do setor, incluindo a dos militares. Como as medidas ainda estão sendo discutidas, não há ainda uma previsão de economia em cada um dos setores. Inicialmente, o cálculo que está sendo feito é o custo político.

Com a alta do dólar e da inflação somados ao mau humor do mercado, Lula percebeu que a necessidade de alguns sinais para garantir a governabilidade. O PT, por outro lado, não está convencido. Auxiliares, Lula disse que o governo errou ao revogar a medida que ampliava a fiscalização das operações Pix. Avaliou que a oposição saiu vitoriosa.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad foi voto vencido no governo em praticamente todas as medidas que se relacionavam ao Pix, mas segue empoderado. As últimas ações do governo a respeito do tema saíram todas do jeito que Rui Costa (Casa Civil) e Lula queriam. O presidente, no entanto, percebeu o erro e, nos últimos dias, aproximou-se de Haddad.

Uma das ideias que têm sido aventadas como parte da reforma ministerial é tirar o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), do comando do Ministério da Indústria. Ele e Lula se revezariam nas cerimônias de entregas do governo com o objetivo de dar um ar mais de centro para a 3ª gestão do petista. Hoje, é um governo claramente de esquerda. E isso não tem dado voto.

Alckmin demonstrou ânimo nos últimos dias para continuar à frente do Mdic. Seu nome é elogiado por diversas representações setoriais como sendo um gestor eficiente para as políticas públicas voltadas à indústria.

Foto: Sérgio Lima/Poder360

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