Aglomeração, demora e vagões lotados. Esta é a realidade dos usuários do Metrô do Recife. Por volta das 6h40 da manhã desta quarta-feira (21), a Estação Jaboatão na região central de Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana, ficou com a plataforma lotada.
O atraso na circulação dos trens pela falta de uma composição no carrossel. De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos -CBTU, o problema foi regularizado às 7h20, quando mais um metrô foi inserido na Linha Centro.
O cenário imposto pelo sistema do metrô, no entanto, se mostra contrário a todas as recomendações do Governo de Pernambuco, frente ao controle da pandemia da Covid-19, para evitar aglomerações e manter o distanciamento social de 1,5 m entre cada pessoa.
“Todos os dias enfrento tumulto e aglomeração na Estação de Jaboatão e a cada estação entram mais dezenas de passageiros. Tem dias que não dá pra mover nem o pé. Por sorte, quando eu cheguei já estava vindo um metrô. O único ponto positivo de hoje foi que a viagem fluiu sem nenhuma interrupção”, relata a auxiliar-administrativa, Lívia Thaynah, 27 anos.
Ela trabalha na Maternidade Professor Bandeira Filho, no Bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife e reside em Jaboatão. A passageira conta que já faz o mesmo trajeto há mais de oito anos, e que neste horário a situação de superlotação e atrasos dos veículos é sempre a mesma.
Segundo a CBTU, os trens circulam com intervalos de 8 minutos e meio. Se o usuário estiver em um dos ramais (Jaboatão ou Camaragibe) esse intervalo é o dobro. Atualmente o Metrô do Recife transporta em torno de 150 mil pessoas por dia, número considerado pela CBTU metade do quantitativa antes da pandemia.
Questionada sobre a existência de algum projeto para organização dos usuários, frente a pandemia da Covid-19, a CBTU informou que: “Pela estrutura das plataformas, não há como organizar filas. Inclusive, não se vê organização em filas do metrô, em nenhum lugar do mundo”.