PF MIRA CASAS LOTÉRICAS USADAS POR AGENTES POLÍTICOS PARA LAVAR DINHEIRO E DESVIAR VERBA PÚBLICA

A Polícia Federa – PF, em Pernambuco, numa parceria com a Controladoria Geral da União – CGU deflagrou na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Mapa da Mina. Ação apura o uso de casas lotéricas pertencentes a agentes políticos, para lavagem de dinheiro procedente de crimes de desvio de verba pública e de corrupção.

A investigação, iniciada em abril de 2018 com a deflagração da Operação Decimus, identificou grupo empresarial comandado por um oficial da Policia Militar de Pernambuco – com atuação na área de vigilância e de serviços gerais – teve crescimento econômico vertiginoso, a partir de 2013. Segundo a PF, a reboque de contratos com entidades públicas municipais, estaduais e federais, mediante dispensas de licitação suspeitas ou processos licitatórios direcionados.

De 2013 até a presente data, duas das empresas do grupo já receberam aproximadamente R$ 175 milhões dos cofres públicos, distribuídos da seguinte forma: entidades municipais: aproximadamente R$ 54 mil; entidades estaduais::aproximadamente R$ 105 mil e entidades federais: aproximadamente R$ 16 mil.

Os indícios colhidos na primeira fase da operação indicam que os agentes políticos investigados atuam em parceria com o referido grupo empresarial, junto a dirigentes de alguns desses órgãos públicos, com o propósito de direcionar licitações ou sua dispensa em favor de empresas do grupo.

Foi apurado ainda, que, as firmas beneficiadas com os contratos públicos milionários – ou outras empresas a elas coligadas – transferem dinheiro rotineiramente para cinco casas lotéricas de propriedade dos agentes políticos envolvidos, mantidas apenas para viabilizar o processo de lavagem de dinheiro, já que as lotéricas não geram lucros reais para seus sócios. As somas transferidas já totalizam mais de R$ 14 milhões, de 2013 até a corrente data.

Foram executados 25 Mandados de Busca e Apreensão, sendo 23 na Região Metropolitana de Recife; 01 em Caruaru e 01 em Floresta. Os envolvidos podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro (art. 1o. da Lei no. 9.613/98) fraudes à licitações (art. 90 da Lei no. 8.666/90), peculato (art. 312 do Código Penal) e corrupção ativa (art. 333 do Código Penal). Participam das buscas cerca de 100 policiais federais, além de auditores da CGU. Fonte Polícia Federal de Pernambuco.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *