Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, anunciou, nesta quarta-feira (05), o cancelamentos das festas em áreas públicas no Carnaval pelo segundo ano consecutivo. Olinda, polo tradicional da folia no Estado, também cancelou a festa.
Além da pandemia de Covid-19, que motivou a suspensão de festejos em 2021, o prefeito Anderson Ferreira (PL) apontou a epidemia de Influenza para não permitir desfile de blocos pelas ruas e eventos abertos. As duas doenças têm causado saturação da rede de saúde do Estado, com pessoas enfrentando fila para conseguir atendimento médico e pacientes aguardando leitos.
O objetivo, afirmou a gestão, é evitar grandes aglomerações no período e intensificar os atendimentos e a imunização da população contra as doenças. O município informou que os blocos que desfilam no período da folia de Momo têm sido comunicados sobre a decisão. A terça-feira de Carnaval será no dia 1º de março.
Até a atualização desta matéria não havia uma definição do governo estadual sobre o Carnaval, nem da Prefeitura do Recife. Agremiações tradicionais como o Homem da Meia-Noite, Pitombeira dos Quatro Cantos e Eu Acho É Pouco já anunciaram que não vão desfilar pelas ruas este ano.
A proibição do Carnaval foi recomendada pelo Comitê Científico do Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região. A decisão levou em conta principalmente o risco de contaminação pela variante ômicron do coronavírus.
Em dezembro, o secretário de Turismo e Lazer do estado, Rodrigo Novaes, afirmou que era estudada a possibilidade de trocar a realização do Carnaval de rua em 2022 por desfiles e apresentações de blocos carnavalescos em espaços fechados como estádios, clubes e parques de exposição.
Qualquer decisão deve passar pelo Comitê de Acompanhamento à Covid-19, chefiado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Até então, em Pernambuco, são autorizados eventos fechados com até 7,5 mil pessoas, com 100% do público vacinado.
Questionada sobre como ficam as festas fechadas no município, a Prefeitura de Jaboatão explicou que a decisão deve seguir orientação do Estado.
Sobre possível auxílio financeiro a quem depende dos festejos de rua, a gestão explicou que liberou recentemente verbas através da segunda etapa da Lei Aldir Blanc voltados para os artistas jaboatoneses.
“Tivemos quatro editais: de técnicos, onde eles receberam diretamente; memórias vivas; e mais outros através de subsídios e editais de festivais”, explicou o secretário-executivo de Turismo e Cultura, André Trajano.
