Após desabamento de prédio, Defesa Civil de Paulista remove moradores de três outros edifícios próximos ao que desabou, na manhã desta sexta-feira (07), no Bairro do Janga, em Paulista, por risco de novos desmoronamentos.
Secretária da Defesa Civil de Paulista, Cintia Silva explicou a TV Globo que o esvaziamento dos prédios foi iniciado logo que a equipe chegou ao local. “Assim que chegamos, fizemos esse levantamento e solicitamos às pessoas que saíssem dos prédios”, disse.
“Nós recebemos um levantamento do Itep [Instituto de Tecnologia de Pernambuco] feito em 2008. Em cima desse levantamento, […] começamos uma programação de vistorias. O prédio já foi interditado. Então a gente vai correr atrás para ver a questão de reocupações, que é uma coisa grave”, explicou a secretária.
Segundo a gestão, desde abril, a Defesa Civil de Paulista iniciou um cronograma de vistorias em prédios com risco de desabamento em bairros como Pau Amarelo, Maranguape, Nossa Senhora da Conceição e Janga, para prevenir novos desastres.
Quando é detectado o risco, é feita a interdição. Às vezes a própria seguradora contrata a vigilância e coloca no local. Infelizmente o pessoal não tem onde morar, então acaba vindo e reocupando. A Defesa Civil […], como órgão de prevenção, não pode deixar acontecer. A gente está buscando fazer vistorias e mandando pra procuradoria do nosso município”.
Ainda segundo a secretária, já foi realizada uma solicitação oficial para agilizar o cronograma de vistorias. No Bairro do Janga, são 32 edificações em modelo semelhante ao que desabou no Conjunto Beira Mar, popularmente conhecido como “prédio caixão”. Em Paulista, são mais de duzentos prédios deste tipo identificados.
VÍTIMAS
De acordo com o Corpo de Bombeiros, já somam três o número de mortos retirados dos escombros do prédio que desabou. Até o momento, existem 10 pessoas desaparecidas. Entre os mortos estão um homem de 45 anos, um menino de 12 anos e uma mulher de 43.
Foram resgatados com vida, uma mulher de 65 anos, que foi levada ao Hospital Miguel Arraes, uma adolescente de 15 anos que foi para o Hospital da Restauração e um outro adolescente de 18 anos que também foi para o Hospital Miguel Arraes
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